Os números da entidade refletem o processo de reação do comércio. Adalto Santos, presidente da Associação Comercial, recorre ao seu banco de dados e diz que em 2008 a ACIC tinha apenas 37 empresas associadas. Já em 2010 esse número subiu para 90, uma alta de 145%, total comemorado pelo presidente da entidade. Adalto Santos lembra ainda que o índice de inadimplência dos sócios que chegou a 50%, hoje não passa dos 10%. “Neste período de 2008 a 2010, o índice de crescimento tem sido bastante satisfatório. A cada dia novos comerciantes procuram se cadastrar. Nos últimos 90 dias, 10 novas empresas se associaram na ACIC”, comemora o presidente afirmando que os novos sócios apresentam características de quem se prepara para atender a demanda nesta etapa da implantação do projeto de mineração.
A ACIC destaca algumas atividades com maior índice de crescimento como; autopeças, hotelaria, restaurantes e postos de combustíveis e acrescenta: “Esperamos um movimento bem maior por volta dos meses de novembro de dezembro, período em que as lojas de roupas, calçados e utensílios domésticos já terão feito reposição de seus estoques para atender sua clientela no natal”, disse.
A direção da ACIC acredita que só nesse primeiro momento já houve 30% de aumento nas vendas, ressaltando que esse percentual é justificado pelo fluxo nos estabelecimentos voltados para as primeiras atividades descritas acima. Os comerciantes apostam em um natal bem diferente neste final de ano e fazem referencias aos abonos e décimo terceiros que os funcionários receberão. “Posso inclusive afirmar que a parceria Coomigasp/Colossus, já vem dispensando apoio à entidade, apoiando inclusive a Campanha Natalina, que esse ano chega a sua 10ª edição” finalizou Adalto.

Outro setor que confirma as informações do presidente da ACIC é o de hotelaria. Reinaldo Ferreira da Silva, gerente de um hotel na cidade garante que pelo menos três vezes na semana o hotel em que trabalha fica completamente lotado. “Tem faltado apartamentos e quartos para atender nossos clientes. Pessoas de diversas regiões e atividades procuram hospedagem e nem sempre conseguimos atender por conta da superlotação”, disse o gerente.
Hidelbrando da Silva, gerente de loja de autopeças, afirma que a direção da empresa na qual trabalha, percebeu a demanda na linha de suprimentos e parafusos, com isso decidiu montar uma filial em Curionópolis: “Temos um percentual de venda interessante desde que chegamos, mas nos últimos três meses percebemos que o movimento melhorou e já estamos estudando uma forma de aumentar os suprimentos em nosso depósito para não faltar produtos aos nosso clientes”, afirmou Hildebrando.
Outro depoimento importante é o de Helena Maria, proprietária de uma banca que vende refeições. Helena viveu os dois momentos marcantes na história da cidade, o auge do ouro e a decadência da economia local: “Por meados de 80 eu vendia café da manhã às margens da PA-275, e não dava conta de atender, posteriormente, com o fim do garimpo já trabalhando com refeição houve tempos de não ter condições de manter a casa, pois quase não vendia nada” lamentou. Com a retomada da mineração em Serra Pelada Helena vê a esperança renovada e agora com os pés no chão, espera que as melhorias continuem e finaliza dizendo que em vésperas e realizações de assembléias suas vendas têm um crescimento considerável.
Fonte: Agência Bateia
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