O presidente da Coomigasp, Gesse Simão resolveu tomar a iniciativa de realizar o 1 Seminário de Geologia e Mineração de Serra Pelada, cuja data para ocorrer será anunciada no próximo dia 21, “Dia Nacional do Garimpeiro. A realização do seminário vem sendo exigido desde maio passado pela Agasp Brasil, Freddgasp, Abasp e a Associação das Mulheres de Serra Pelada. Na ultima reunião entre centenas de representantes garimpeiros e membros do Conselho Deliberativo da Coomigasp ocorrida em Imperatriz, no Maranhão a realização seminário defendido pela Agasp Brasil foi o principal assunto da pauta.
Os lideres garimpeiros querem ter uma participação mais efetiva de conhecimentos e informações desde a construção da mina até a sua produção. Isso tem sido negado. Pouco se sabe o que estar acontecendo depois da liberação do alavra de lavra. "Temos um projeto, mas não temos informações sobre o mesmo”, reclamou o diretor de produção da cooperativa. Na pratica quem deveria tomar essa iniciativa era a SPCDM – Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, consorcio formado entre Coomigasp e Colossus. Mas tudo está em marcha lenta. Marasmo total . Pouca coisa saiu do papel rabiscado pelo desconhecido engenheiro de mina Luis Carlos Celaro.
A realização do seminário defendido pela Agasp Brasil é um instrumento de suma importância para a comunidade garimpeira que mora em Serra Pelada ou fora dela porque levará informações sobre esse novo cenário de desenvolvimento econômico e social de um povo. Seria uma grande oportunidade para que o resem- contratado engenheiro responsável pela implantação da mina possa expor sobre qual conceito de escavação irá utilizar na construção. Será pelo método de mineração chamado "block cave" cujo conceito exigirá a construção de uma infra-estrutura subterrânea significativa antes da produção de minério? Até agora não sabemos.
É esse tipo de coisa que o garimpeiro quer saber. E não adianta negar ou rosnar como um cherife durão , seu Celaro. Existe uma quilométrica diferença entre o sócio investidor da Colossus e o sócio garimpeiro da Coomigasp.Iguais apenas num modo: ambos querem retorno econômico da exploração do ouro de Serra Pelada, mas só os garimpeiros vão alem disso: se interessam pelo projeto e querem acompanhar o processo mineral mecanizado. A imensa comunidade garimpeira tem conciencia que o projeto é importante e defendem a implantação da mina com maior rapidez e com informaçoes. A pior parte já foi feita.
Essas exigências empurra a Coomigasp para uma radical transformação de conceito mineral. Os velhos paradigmas estão sendo abandonados. O método da velha abatéia e da picareta ficou para traz. Ontem Gesse Simão anunciou que a cooperativa irá contratar uma empresa especializada em auditoria geológica para marcar serrado junto aos parceiros e fazer o acompanhamento minucioso desde as sondagens geológicas ate ao processo de escavação da mina. Faz bem Gesse. Isso não é nenhum ato de desconfiança . Isso se chama “transparência” de um negocio que pertence a muitos. Ainda sobre o seminário serão convidados geólogos ligados a CPRM, DNPM, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e engenheiros na área de Segurança no Trabalho e Gestão.
Fonte: Agasp Brasil
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