Daniel Soares

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Curionópolis recebe comitê Pró-Criação do Estado de Carajás



Com o objetivo de conscientizar a população, e tentar acelerar a aprovação no Congresso Nacional do plebiscito, para que o povo decida se quer ou não a criação dos estados de Carajás e Tapajós; Aconteceu na manhã do último sábado 14, no auditório do Teatro Municipal o encontro Pró-Criação do Estado de Carajás. Participaram do evento o Deputado Federal Geovanni Queiroz (PDT/PA), o presidente da Câmara Municipal o vereador João do Patrocínio (PMDB), vereadora Nilde (PMDB), vereador Aíres (PDT), vereador Adelson (PDT) de Parauapebas, o presidente do comitê regional de Parauapebas Rui Hildebrando, vários segmentos sociais, além de dezenas de simpatizantes da causa.

Em seu discurso Rui Hildebrando, lembrou que a região sudeste do Pará, sofre com a ausência do Estado com relação à falta de investimentos, se considerarmos que boa parte dos municípios é pobre. “Isso significa que recebemos do estado as sobras, justamente porque o braço do governo não alcança estes municípios mais distantes”. Segundo Rui, a chegou a hora de mostrarmos que de fato somos, “Daqui prá frente acabou a covardia, temos de admitir que somos carajaenses ”. De acordo com Rui Hildebrando está previsto pra o dia 29 de abril uma paralisação de 24hs na PA 150, na altura do município de Goinésia do Pará, como também de forma simultânea na PA 287 na cidade de Conceição do Araguaia. “Nossa meta é 24 horas de paralisação. Denominamos esse ato de “fechamento das fronteiras”, como também estamos organizando para o dia 19 a 20 de maio “Caravana do Carajás a Brasília”, onde levaremos 40 ônibus com representatividade das 39 cidades do sul do Pará”, Rui destacou ainda o plebiscito simulado extra-oficial, que acontecerá no dia 06 de setembro com início as 8hs e encerramento as 17:hs nas 39 cidades que estão inseridas no Estado de Carajás.

Na ocasião do encontro foi mostrado em telão pelo deputado Geovanni Queiroz o mais novo estudo sobre a redivisão territorial na Amazônia, mais especificamente no Pará, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo Federal. Segundo a análise, o novo estado do Pará manteria a maior população e os melhores índices econômicos e sociais, como renda per capita, menor desigualdade, mais percentual de domicílios com acesso á água e energia, e menor taxa de mortalidade infantil.

O estudo realizado pelo Ipea, concluído ano passado, foi solicitado pelo deputado federal para subsidiar a defesa da criação dos novos estados de Carajás e do Tapajós. O resultado dos estudos mostra que o novo estado do Pará, que surgiria depois da redivisão não seria prejudicado, como pregam os movimentos “anti-separatistas”. Muito pelo contrário, teria ganhos econômicos e sociais importantes. Com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo do Ipea revela que o novo estado do Pará, que inclui a Região Metropolitana de Belém, manteria uma população de 4,6 milhões de habitantes, contra os atuais 7,1 milhões. O Tapajós nasceria com população de 1,1 milhão de pessoas e o Carajás com 1,3 milhão. O Pará remanescente, que hoje tem 143 municípios, teria 80, enquanto o Carajás teria 39 e o Tapajós 25 municípios.

O deputado federal Giovanni Queiroz avaliou que novo estado vai fazer com que a região possa gerir seus próprios recursos, melhorando a renda, infra-estrutura, saúde e educação. Os novos estados terão mais facilidade para fazer com que os recursos que a natureza oferece sejam distribuídos em serviços para o povo. De acordo com ele, não é possível que uma luta de mais de 20 anos venha terminar frustrando a expectativa da população. “No cenário nacional, o cenário também é positivo, porque há uma preocupação com a Amazônia. Agora, precisamos proclamar em Brasília que a única forma que temos de ocupar efetivamente a Amazônia e nos utilizar de sua riqueza para melhorar a qualidade de vida da população que vive aqui, é através da criação de novos estados”, diz.

“Acredito que estamos muito próximos da criação do estado do Carajás. Não conheço nenhuma experiência negativa de criação de novo estado. Pelo contrário, conheço regiões que se desenvolveram”, disse o vereador Adelson em seu pronunciamento.

Daniel Soares

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